domingo, 4 de outubro de 2009

O coração faz muita coisa

“As mudanças podem ser rápidas? As mudanças mais importantes são sobretudo as mudanças da nossa percepção do que as mudanças do mundo exterior a nós. Podemos mudar a nossa percepção do mundo, num bater de coração”

Paul McKenna

terça-feira, 21 de julho de 2009

Adeus

Vou para a cama agora. Ainda bem que já não estás aqui. Não quero que me respondas. Na verdade.. Só queria dizer que te amo. Amo-te muito, muito, muito. Amo-te tanto, que nem eu sei quanto. Consegues acreditar nisto? Queria que acreditasses nisto. SÓ nisto. É que é demasiado especial para mim, para que tu não o percebas. O negues. Fales em mentiras. E desconfies. Porque é das coisas que mais me doem. É a primeira vez que sinto algo assim, e o culpado não acredita! Ironias.
Não te disse… Mas ontem, estava a ver o memorável concerto do QB e lembrei-me vezes sem conta de ti. Se soubesses as músicas que te trouxeram até mim. E antes e depois do concerto, vi tantos casais apaixonados, ...ou a darem beijinhos, vá lá (nunca consigo imaginar os outros a sentirem o mesmo que eu. Por isso, para mim, estar apaixonado vai ser sempre sentir como eu. E ser como nós.). Estar apaixonado é mais. Vai para além daquilo que se vê. Amar alguém, então, transcende tudo.
E então, olhava para eles, e pensava para mim "Queria tanto que fossemos assim.". Mas nós… Nunca vamos ser, ...pois não? Não respondas. Já sei a resposta, mas dói ouvir alguém a confirmá-la. Dói mais se fores tu. Por isso não respondas. Eu conheço a resposta! Foda-se. Não quero nada disto. Mas sei que é aqui que isto acaba. Apetece-me abraçar-te muito para chorar. E ouvir-te dizer "Oh moor". Com a cabeça encostada na minha. A abraçar-me com uma mão, e a fazer-me festinhas no cabelo com a outra. Como tu fazes sempre, sabes? Mas vou para a cama, ver se durmo. Porque mais do que saber que nunca vou amar tanto alguém como te amo a ti, .. Tortura é relembrar(-lo-te-nos).


P.S. – Sai devagar. E antes de ires embora, ensina-me a viver sem ti. Porque não sei…





Lembra-te sempre.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Noites dificeis

Hoje tive saudades tuas. Pensei em nós. Lembrei-me de como éramos. Hoje arrastaram-me para uma festa com karaoke. E as pessoas, quando vão a um karaoke, têm sempre a tendência de cantar músicas melosas. E eu tenho sempre tendência a lembrar-me de ti. Mas isto sempre foi assim, desde o começo. Também não sei porquê. E entre as poucas que ouvi, ficou uma em eco cá dentro, “A noite insiste em chamar-te para mim”, qualquer coisa assim. Consegui reter isso, porque… É o que é. As noites têm esse efeito em mim. Em mim e em toda a gente que conheço (foi concluído em várias conversas sérias e não-sérias). Deixei-me levar pelo tom. Permiti a divagação à melodia. Abri as portas da memória. Não tem problema se o fizeres de vez em quando. Na verdade, depois disso fiquei bem. É estranho ficar bem, e estar bem, sem ti. É estranho ter certezas que isto é o certo e que estamos livres um do outro a sério. E estar bem, ainda assim. Já não me recordava de como era sentir-me deste jeito. Poder voar sem a rede de amparo. Fazer tudo e nada. Sentir na pele o gosto pela liberdade. O prazer de estar sozinha. Acordar de manhã, espreguiçar-me e sorrir. E pensar “É mesmo isto!”. Sentir-me de novo eu. Ser, de novo, quem era antes da parte final do final de tudo isto. Ser, de novo, dona e senhora do meu ser, seja lá o que isso for. É bom. É o melhor. Como desde os tempos em que prioridades era tudo, menos amor.


Mas hoje, tive saudades tuas.
Fizeste-me bem.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

2 vezes 10.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vai onde te leva o coração

E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai onde ele te levar.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lado quente da saudade


"Que há lugares que são pequenos abrigos,
Para onde podemos sempre fugir"
Mafalda Veiga

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sweet feelings

Obrigada por estares aqui. Obrigada por me fazeres feliz assim. Nunca fiz planos, nem nunca sequer pensei nisso. O amor era uma coisa estranha que existia para os outros. Para mim, não. Nunca. Vivia de ilusões e estava bem. E foi assim durante muito tempo. Depois, apareceste tu. Estar bem é diferente de estar feliz. Então, mudou-se o mundo. O outro lado eras tu. E és tu. Nunca fiz planos mas quando me perdia em divagações era alguém como tu que eu queria encontrar. Assim, tal e qual como tu. Não te mudava.
Azedas-me profundamente, excitas-me! És realizador inigualável de histórias engendradas. E fazes-me debater campos impraticáveis. Mas não te mudava. Não desejei, uma única vez, que fosses diferente. Nem nos dias em que pensava duas vezes sobre nós.
Tu, para seres quem és, tinhas mesmo que ser assim. Assim para mim. E é então que discorro, despida de orgulho, ‘Tenho mesmo sorte por o ter aqui!’. Por te ter como ninguém tem. Por me fazeres sentir o que ninguém sente. Por termos o que ninguém imagina que temos. Porque há coisas que simplesmente são como são, o que são.


És o meu ponto fraco,
Amo-te!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cerco

Mas isso vai eternamente corroer. Vai-me matar sempre que eu lembrar. Vai ser assim como é. Martelos gastos.
Não é simples a pretensão, de histórias que condenam terminais. Não é o fim das coisas más. Eram lados errados.

Vejo-te ao amanhecer? Bom dia!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Os tempos do seis

São seis meses. E seis meses é muito tempo. Sempre tive noção disto. Hoje, parei e pensei, e apercebi-me que não! Que afinal seis meses é pouco. É pouco, tão pouco comparado com aquilo que quero viver contigo. Obrigada por fazeres deste ultimo meio ano o melhor da minha vida. Obrigada por seres a compreensão e o carinho. E o meu porto de abrigo, quando as forças me faltam. E obrigada por teres o dom de sempre me fazeres sorrir. É bom quando penso que és tu! Que é contigo que quero estar. Que é contigo que quero ser feliz. Que é a ti, que quero dar o melhor de mim. E hoje, agradeço-te por todos os dias me fazeres querer ser uma pessoa melhor. Agradeço-te também pelas lágrimas. Pelas vezes em que me fizeste chorar, porque sem elas nunca poderia dizer-te tudo isto, hoje. Nunca poderia reconhecer todo o valor que tu tens. Nunca poderia dizer-te que tenho todas as certezas do mundo, só por estares comigo. Foi um caminho difícil. Foi. Cheio de sorrisos e lágrimas. Cheio de momentos que me lembrarei toda a minha vida, e percalços no trajecto. É meia vida. E obrigada por ela. Por tudo!És vida em mim. E os seis? São só os primeiros das nossas vidas. Amo-te. E, para ti, amo-te soa-me a pouco. Muito pouco.



Aos tempos meu Amor, lembraste?

Foz

Lembraste do dia que fomos passear à Foz? Foi um dia lindo. Decidimos à última da hora. Aliás como acontece indefinidamente. O lado instintivo e natural sempre nos correu nas veias. O fazer por fazer. Só e simplesmente porque nos ocorria. Simplesmente porque apetecia. Simplesmente porque sim.
Apanhamos o metro para a baixa. Era um dia cheio de luz. O Sol tentava acorrentar-nos os olhos, e mesmo assim ficava-se só pelo ensaio. Não os fechávamos porque eles já se tinham deixado conquistar pela felicidade, e ela é mais forte, mais firme, fiel.
Sentamo-nos na esplanada de um café com pinta, virados para o Douro.
Lá ainda era tudo mais bonito. E ainda hoje me pergunto se não era só por estares ali. Pediste uma frize de limão e eu um café, como faço sempre depois do almoço. Fumei um cigarro, e tu nem reclamaste. Levantamo-nos e passeamos muito. Conversamos mais ainda. Falamos de tudo e de nada e de nós. Lembraste-te de levar a máquina e apenas me o disseste quando entardeceu, para só tiramos fotos no pôr-do-sol. Unicamente por eu sempre dizer que ficavam mais bonitas. E ficaram mesmo! Ficamos a olhar o infinito durante tempos, brincamos e doeu-me a barriga de tanto ri.
Passou a hora do jantar e nem notamos, e tu que gostas quase tanto de comida como de mim. Quase. Jantamos, então, mais tarde, por lá. Comemos imenso e bebemos cerveja, porque nenhum de nós aprecia vinho. Passamos o jantar todo a trocar miminhos, sob o olhar atento de um casal de velhinhos que olhavam para nós com a ternura de uma vida. O reflexo da deles, seguramente. E logo eu, que adoro casais com rugas apaixonados. Ironias, hã?
Ouvimos boa música, dançamos e voltamos para casa. Há coisas interessantes para se fazer numa casa vazia, só nossa. Mas aquela noite não precisava de mais nada para ser perfeita.
Adormeci no teu peito, com a tua mão a fazer cafoné no meu cabelo. Ainda te ouvi a dizer baixinho a palavra mágica, já a pensar que eu dormitava – E eu sei que nunca adormeces sem a certeza de eu já ter viajado para o Encantado primeiro.
Vieste para junto de mim minutos depois. E dormimos descansados, despertávamos durante uns estreitos momentos só para mudarmos de posição e mesmo assim continuavamos abraçados, a noite inteira.
Lembraste deste dia? Eu respondo: Não, porque ele não aconteceu.


E mais.. Sabes quantas vezes vieste aqui? Eu respondo: Não vieste.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

E então?

Tu deixaste de voar. E então?
Também deixarei de voar,
numa qualquer manhã submersa
enxugando as minhas lágrimas
nas horas gélidas de solidão.

Tu morreste. E então?
Também morrerei,
numa qualquer noite de delírios
escavando o meu abismo
num estado mórbido de depressão.
E então?
Algo de novo?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Como isto, mesmo

Existem palavras que dizem muita coisa, que às vezes até dizem tudo.
São palavras como.. Como essas, mesmo! São palavras que não dizemos. Palavras como as que eu nunca digo. Que dizem muita coisa. Que dizem tudo..
Não me apetece dizer muita coisa. Muito menos dizer tudo. Não vou dizer(-te) nem muita coisa, nem tudo. São as palavras. São palavras como.. Como essas. Como essas, mesmo. Sim.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Prende-me em ti

Prende-me em ti.
Agarra-me ao chão.
Como barcos em terra, como fogo na mão.
Como vou esquecer-te?
Como vou eu perder-te, se me prendes em ti?
Agarra-me ao chão.
Como barcos em terra, como fogo na mão.
Como vou eu lembrar-te,
se a metade que parte
é a metade que tens?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tempo(s)

Não sei se faz chuva ou Sol. Nem sei se o fim do dia vai ser hoje. Sei que faz frio aqui dentro, e tu não tens sentido como me aquecer. Sei que às vezes chove muito e outras vezes as nuvens lutam para se conterem. E tu gostas de ficar em casa quando o tempo teima em ficar assim. No outro dia o meu guarda-chuva virou e quebrou. E eu quebrei com ele. Tu não soubeste, ou não soubeste como devias saber. Não sei se vamos ficar ou se vamos partir, ou se é o tempo que nos invade de cansaço pelos desejos condenados a esse mesmo e só fim. No fundo, ficarão para sempre aí. Como eu ficarei para sempre aqui, da forma que sempre estive.
Sabes como é, às vezes é tudo claro e outras vezes anoitece cedo. Mas eu não tenho culpa. Nem tu. Habituamo-nos a viver na mesma calçada em que crescemos, e o tempo lembra-se de se revoltar contra nós. Faz questão, incessante, de nos travar combates maiúsculos e infatigáveis em que extraviamos o perder. E nós não nos importamos porque para tempestades bastam as outras.
Eu não sou senhora do tempo mas eu sei que vão insistir em brotar. É como com o D’Leh e a Evolet. Gosto de os comparar a nós porque têm um final aberto e concomitantemente risonho, acertado, feliz. Mas de finais está o mundo cheio, e nós sempre fomos supra-sumo. Crês em eternidades?

Lua

Lua,
Ensina-me a viver.
Diz-me! Como fazes para não sentir...
Tu! Que vigias o mar,
Pede-lhe por mim.