sexta-feira, 10 de julho de 2009

Noites dificeis

Hoje tive saudades tuas. Pensei em nós. Lembrei-me de como éramos. Hoje arrastaram-me para uma festa com karaoke. E as pessoas, quando vão a um karaoke, têm sempre a tendência de cantar músicas melosas. E eu tenho sempre tendência a lembrar-me de ti. Mas isto sempre foi assim, desde o começo. Também não sei porquê. E entre as poucas que ouvi, ficou uma em eco cá dentro, “A noite insiste em chamar-te para mim”, qualquer coisa assim. Consegui reter isso, porque… É o que é. As noites têm esse efeito em mim. Em mim e em toda a gente que conheço (foi concluído em várias conversas sérias e não-sérias). Deixei-me levar pelo tom. Permiti a divagação à melodia. Abri as portas da memória. Não tem problema se o fizeres de vez em quando. Na verdade, depois disso fiquei bem. É estranho ficar bem, e estar bem, sem ti. É estranho ter certezas que isto é o certo e que estamos livres um do outro a sério. E estar bem, ainda assim. Já não me recordava de como era sentir-me deste jeito. Poder voar sem a rede de amparo. Fazer tudo e nada. Sentir na pele o gosto pela liberdade. O prazer de estar sozinha. Acordar de manhã, espreguiçar-me e sorrir. E pensar “É mesmo isto!”. Sentir-me de novo eu. Ser, de novo, quem era antes da parte final do final de tudo isto. Ser, de novo, dona e senhora do meu ser, seja lá o que isso for. É bom. É o melhor. Como desde os tempos em que prioridades era tudo, menos amor.


Mas hoje, tive saudades tuas.
Fizeste-me bem.

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