tag:blogger.com,1999:blog-78248451895031175762024-02-07T05:49:22.889+00:00Impulsos EnredadosE, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. (Fernando Pessoa)Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-13126822116906329212010-04-26T23:15:00.000+01:002010-04-26T23:17:11.147+01:00Ohh.. :')'A razão porque dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem. Talvez tenhamos vivido milhares de vidas antes desta, e em cada uma nos tenhamos reencontrado. E talvez que em cada uma tenhamos... sido separados pelos mesmos motivos. Isto significa que esta despedida é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio ao que virá.<br />Quando olho para ti vejo a tua beleza e graça, e sei que cresceram mais fortes com cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti, porque a tua alma e a minha têm que andar sempre juntas. E assim, por uma razão que nenhum de nós entende, fomos obrigados a dizer-nos adeus.<br />Adoraria dizer-te que tudo correrá bem para nós, e prometo fazer tudo o que puder para garantir que assim será. Mas se nunca nos voltarmos a encontrar outra vez, e isto for verdadeiramente um adeus, sei que nos veremos ainda noutra vida. Iremos encontrar-nos de novo, e talvez as estrelas tenham mudado, e nós não apenas nos amemos nesse tempo, mas por todos os tempos que tivemos antes.' <span style="font-size:85%;">Nicholas Sparks</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-11205365479019229592010-04-07T23:48:00.002+01:002010-04-07T23:50:37.645+01:00Imensobloqueio interiorImpulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-72385483973795999062010-03-17T23:21:00.003+00:002010-03-17T23:29:59.362+00:00Gosto muito das minhas amigas.<br />Digam o que disserem, a Amizade é a melhor coisa do mundo.<br /><br />Simples e sincero como eu gosto.<br /><br /><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:78%;">Isto é para vocês.</span></strong>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-50828819208101288252009-10-04T18:41:00.002+01:002009-10-04T18:43:11.498+01:00O coração faz muita coisa“As mudanças podem ser rápidas? As mudanças mais importantes são sobretudo as mudanças da nossa percepção do que as mudanças do mundo exterior a nós. Podemos mudar a nossa percepção do mundo, num bater de coração”<br /><span style="font-size:78%;"></span><br /><span style="font-size:78%;">Paul McKenna</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-80188232816076120832009-07-21T14:22:00.003+01:002009-07-21T14:35:30.380+01:00AdeusVou para a cama agora. Ainda bem que já não estás aqui. Não quero que me respondas. Na verdade.. Só queria dizer que te amo. Amo-te muito, muito, muito. Amo-te tanto, que nem eu sei quanto. Consegues acreditar nisto? Queria que acreditasses nisto. SÓ nisto. É que é demasiado especial para mim, para que tu não o percebas. O negues. Fales em mentiras. E desconfies. Porque é das coisas que mais me doem. É a primeira vez que sinto algo assim, e o culpado não acredita! Ironias.<br />Não te disse… Mas ontem, estava a ver o memorável concerto do QB e lembrei-me vezes sem conta de ti. Se soubesses as músicas que te trouxeram até mim. E antes e depois do concerto, vi tantos casais apaixonados, ...ou a darem beijinhos, vá lá (nunca consigo imaginar os outros a sentirem o mesmo que eu. Por isso, para mim, estar apaixonado vai ser sempre sentir como eu. E ser como nós.). Estar apaixonado é mais. Vai para além daquilo que se vê. Amar alguém, então, transcende tudo.<br />E então, olhava para eles, e pensava para mim "Queria tanto que fossemos assim.". Mas nós… Nunca vamos ser, ...pois não? Não respondas. Já sei a resposta, mas dói ouvir alguém a confirmá-la. Dói mais se fores tu. Por isso não respondas. Eu conheço a resposta! Foda-se. Não quero nada disto. Mas sei que é aqui que isto acaba. Apetece-me abraçar-te muito para chorar. E ouvir-te dizer "Oh moor". Com a cabeça encostada na minha. A abraçar-me com uma mão, e a fazer-me festinhas no cabelo com a outra. Como tu fazes sempre, sabes? Mas vou para a cama, ver se durmo. Porque mais do que saber que nunca vou amar tanto alguém como te amo a ti, .. Tortura é relembrar(-lo-te-nos).<br /><br /><br />P.S. – Sai devagar. E antes de ires embora, ensina-me a viver sem ti. Porque não sei…<br /><br /><br /><br /><br /><br />Lembra-te sempre.Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-8483384221013485102009-07-10T16:40:00.000+01:002009-07-10T16:50:09.119+01:00Noites dificeisHoje tive saudades tuas. Pensei em nós. Lembrei-me de como éramos. Hoje arrastaram-me para uma festa com karaoke. E as pessoas, quando vão a um karaoke, têm sempre a tendência de cantar músicas melosas. E eu tenho sempre tendência a lembrar-me de ti. Mas isto sempre foi assim, desde o começo. Também não sei porquê. E entre as poucas que ouvi, ficou uma em eco cá dentro, “A noite insiste em chamar-te para mim”, qualquer coisa assim. Consegui reter isso, porque… É o que é. As noites têm esse efeito em mim. Em mim e em toda a gente que conheço (foi concluído em várias conversas sérias e não-sérias). Deixei-me levar pelo tom. Permiti a divagação à melodia. Abri as portas da memória. Não tem problema se o fizeres de vez em quando. Na verdade, depois disso fiquei bem. É estranho ficar bem, e estar bem, sem ti. É estranho ter certezas que isto é o certo e que estamos livres um do outro a sério. E estar bem, ainda assim. Já não me recordava de como era sentir-me deste jeito. Poder voar sem a rede de amparo. Fazer tudo e nada. Sentir na pele o gosto pela liberdade. O prazer de estar sozinha. Acordar de manhã, espreguiçar-me e sorrir. E pensar “É mesmo isto!”. Sentir-me de novo eu. Ser, de novo, quem era antes da parte final do final de tudo isto. Ser, de novo, dona e senhora do meu ser, seja lá o que isso for. É bom. É o melhor. Como desde os tempos em que prioridades era tudo, menos amor.<br /><br /><br />Mas hoje, tive saudades tuas.<br />Fizeste-me bem.Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-74380704717943466402009-06-10T21:03:00.001+01:002009-06-10T21:08:43.864+01:002 vezes 10.Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-84371793206304057682009-06-01T20:09:00.000+01:002009-06-01T20:27:15.953+01:00Vai onde te leva o coraçãoE quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai onde ele te levar.Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-1233245103091845322009-04-22T23:41:00.006+01:002009-04-22T23:52:06.824+01:00Lado quente da saudade<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9D1Dc5jizqZqWwqTyls4YaeVe9FoH6371J_9EtOKd7Fp9Ev5lLo_srUfNPKNk07ylwbWaGG7DBhWt5nbOHJhOQvZWvgCHopQB05JzBNlLDYt06db4XtlZ-XWhNM6gqQg7KZBTZYdx25IX/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5327651558680075410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 226px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9D1Dc5jizqZqWwqTyls4YaeVe9FoH6371J_9EtOKd7Fp9Ev5lLo_srUfNPKNk07ylwbWaGG7DBhWt5nbOHJhOQvZWvgCHopQB05JzBNlLDYt06db4XtlZ-XWhNM6gqQg7KZBTZYdx25IX/s320/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><div>"Que há lugares que são pequenos abrigos,</div><div>Para onde podemos sempre fugir"</div><div align="right"> </div><div align="right">Mafalda Veiga</div>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-69244831910835208412009-04-08T01:55:00.003+01:002009-04-08T01:59:48.928+01:00Sweet feelingsObrigada por estares aqui. Obrigada por me fazeres feliz assim. Nunca fiz planos, nem nunca sequer pensei nisso. O amor era uma coisa estranha que existia para os outros. Para mim, não. Nunca. Vivia de ilusões e estava bem. E foi assim durante muito tempo. Depois, apareceste tu. Estar bem é diferente de estar feliz. Então, mudou-se o mundo. O outro lado eras tu. E és tu. Nunca fiz planos mas quando me perdia em divagações era alguém como tu que eu queria encontrar. Assim, tal e qual como tu. Não te mudava.<br />Azedas-me profundamente, excitas-me! És realizador inigualável de histórias engendradas. E fazes-me debater campos impraticáveis. Mas não te mudava. Não desejei, uma única vez, que fosses diferente. Nem nos dias em que pensava duas vezes sobre nós.<br />Tu, para seres quem és, tinhas mesmo que ser assim. Assim para mim. E é então que discorro, despida de orgulho, ‘Tenho mesmo sorte por o ter aqui!’. Por te ter como ninguém tem. Por me fazeres sentir o que ninguém sente. Por termos o que ninguém imagina que temos. Porque há coisas que simplesmente são como são, o que são.<br /><br /><br />És o meu ponto fraco,<br />Amo-te!Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-45791751971976382622009-04-03T19:44:00.006+01:002009-04-05T21:02:24.463+01:00CercoMas isso vai eternamente corroer. Vai-me matar sempre que eu lembrar. Vai ser assim como é. Martelos gastos.<br />Não é simples a pretensão, de histórias que condenam terminais. Não é o fim das coisas más. Eram lados errados.<br /><br />Vejo-te ao amanhecer? Bom dia!Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-43331094121151639162009-03-16T00:50:00.004+00:002009-03-16T00:58:16.088+00:00Os tempos do seisSão seis meses. E seis meses é muito tempo. Sempre tive noção disto. Hoje, parei e pensei, e apercebi-me que não! Que afinal seis meses é pouco. É pouco, tão pouco comparado com aquilo que quero viver contigo. Obrigada por fazeres deste ultimo meio ano o melhor da minha vida. Obrigada por seres a compreensão e o carinho. E o meu porto de abrigo, quando as forças me faltam. E obrigada por teres o dom de sempre me fazeres sorrir. É bom quando penso que és tu! Que é contigo que quero estar. Que é contigo que quero ser feliz. Que é a ti, que quero dar o melhor de mim. E hoje, agradeço-te por todos os dias me fazeres querer ser uma pessoa melhor. Agradeço-te também pelas lágrimas. Pelas vezes em que me fizeste chorar, porque sem elas nunca poderia dizer-te tudo isto, hoje. Nunca poderia reconhecer todo o valor que tu tens. Nunca poderia dizer-te que tenho todas as certezas do mundo, só por estares comigo. Foi um caminho difícil. Foi. Cheio de sorrisos e lágrimas. Cheio de momentos que me lembrarei toda a minha vida, e percalços no trajecto. É meia vida. E obrigada por ela. Por tudo!És vida em mim. E os seis? São só os primeiros das nossas vidas. Amo-te. E, para ti, amo-te soa-me a pouco. Muito pouco.<br /><br /><br /><br /><span style="font-size:78%;">Aos tempos meu Amor, lembraste?</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-7414178813122145822009-03-16T00:16:00.007+00:002009-03-16T00:49:02.456+00:00FozLembraste do dia que fomos passear à Foz? Foi um dia lindo. Decidimos à última da hora. Aliás como acontece indefinidamente. O lado instintivo e natural sempre nos correu nas veias. O fazer por fazer. Só e simplesmente porque nos ocorria. Simplesmente porque apetecia. Simplesmente porque sim.<br />Apanhamos o metro para a baixa. Era um dia cheio de luz. O Sol tentava acorrentar-nos os olhos, e mesmo assim ficava-se só pelo ensaio. Não os fechávamos porque eles já se tinham deixado conquistar pela felicidade, e ela é mais forte, mais firme, fiel.<br />Sentamo-nos na esplanada de um café com pinta, virados para o Douro.<br />Lá ainda era tudo mais bonito. E ainda hoje me pergunto se não era só por estares ali. Pediste uma frize de limão e eu um café, como faço sempre depois do almoço. Fumei um cigarro, e tu nem reclamaste. Levantamo-nos e passeamos muito. Conversamos mais ainda. Falamos de tudo e de nada e de nós. Lembraste-te de levar a máquina e apenas me o disseste quando entardeceu, para só tiramos fotos no pôr-do-sol. Unicamente por eu sempre dizer que ficavam mais bonitas. E ficaram mesmo! Ficamos a olhar o infinito durante tempos, brincamos e doeu-me a barriga de tanto ri.<br />Passou a hora do jantar e nem notamos, e tu que gostas quase tanto de comida como de mim. Quase. Jantamos, então, mais tarde, por lá. Comemos imenso e bebemos cerveja, porque nenhum de nós aprecia vinho. Passamos o jantar todo a trocar miminhos, sob o olhar atento de um casal de velhinhos que olhavam para nós com a ternura de uma vida. O reflexo da deles, seguramente. E logo eu, que adoro casais com rugas apaixonados. Ironias, hã?<br />Ouvimos boa música, dançamos e voltamos para casa. Há coisas interessantes para se fazer numa casa vazia, só nossa. Mas aquela noite não precisava de mais nada para ser perfeita.<br />Adormeci no teu peito, com a tua mão a fazer cafoné no meu cabelo. Ainda te ouvi a dizer baixinho a palavra mágica, já a pensar que eu dormitava – E eu sei que nunca adormeces sem a certeza de eu já ter viajado para o Encantado primeiro.<br />Vieste para junto de mim minutos depois. E dormimos descansados, despertávamos durante uns estreitos momentos só para mudarmos de posição e mesmo assim continuavamos abraçados, a noite inteira.<br />Lembraste deste dia? Eu respondo: Não, porque ele não aconteceu.<br /><br /><br />E mais.. Sabes quantas vezes vieste aqui? Eu respondo: Não vieste.Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-14473996817893207242009-02-14T14:33:00.001+00:002009-02-14T14:36:31.785+00:00E então?Tu deixaste de voar. E então?<br />Também deixarei de voar,<br />numa qualquer manhã submersa<br />enxugando as minhas lágrimas<br />nas horas gélidas de solidão.<br /><br />Tu morreste. E então?<br />Também morrerei,<br />numa qualquer noite de delírios<br />escavando o meu abismo<br />num estado mórbido de depressão.<br />E então?<br />Algo de novo?Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-35815735243960965662009-02-11T01:50:00.000+00:002009-02-11T01:51:30.012+00:00Como isto, mesmoExistem palavras que dizem muita coisa, que às vezes até dizem tudo.<br />São palavras como.. Como essas, mesmo! São palavras que não dizemos. Palavras como as que eu nunca digo. Que dizem muita coisa. Que dizem tudo..<br />Não me apetece dizer muita coisa. Muito menos dizer tudo. Não vou dizer(-te) nem muita coisa, nem tudo. São as palavras. São palavras como.. Como essas. Como essas, mesmo. Sim.Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-4142358520752050792009-01-28T01:41:00.004+00:002009-01-28T02:00:40.784+00:00Prende-me em tiPrende-me em ti.<br />Agarra-me ao chão.<br />Como barcos em terra, como fogo na mão.<br />Como vou esquecer-te?<br />Como vou eu perder-te, se me prendes em ti?<br />Agarra-me ao chão.<br />Como barcos em terra, como fogo na mão.<br />Como vou eu lembrar-te,<br />se a metade que parte<br />é a metade que tens?Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-15309876370440648412009-01-20T02:36:00.001+00:002009-01-20T02:39:14.829+00:00Tempo(s)Não sei se faz chuva ou Sol. Nem sei se o fim do dia vai ser hoje. Sei que faz frio aqui dentro, e tu não tens sentido como me aquecer. Sei que às vezes chove muito e outras vezes as nuvens lutam para se conterem. E tu gostas de ficar em casa quando o tempo teima em ficar assim. No outro dia o meu guarda-chuva virou e quebrou. E eu quebrei com ele. Tu não soubeste, ou não soubeste como devias saber. Não sei se vamos ficar ou se vamos partir, ou se é o tempo que nos invade de cansaço pelos desejos condenados a esse mesmo e só fim. No fundo, ficarão para sempre aí. Como eu ficarei para sempre aqui, da forma que sempre estive.<br />Sabes como é, às vezes é tudo claro e outras vezes anoitece cedo. Mas eu não tenho culpa. Nem tu. Habituamo-nos a viver na mesma calçada em que crescemos, e o tempo lembra-se de se revoltar contra nós. Faz questão, incessante, de nos travar combates maiúsculos e infatigáveis em que extraviamos o perder. E nós não nos importamos porque para tempestades bastam as outras.<br />Eu não sou senhora do tempo mas eu sei que vão insistir em brotar. É como com o D’Leh e a Evolet. Gosto de os comparar a nós porque têm um final aberto e concomitantemente risonho, acertado, feliz. Mas de finais está o mundo cheio, e nós sempre fomos supra-sumo. Crês em eternidades?Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-69657203891603994032009-01-20T02:35:00.000+00:002009-01-20T02:36:42.405+00:00LuaLua,<br />Ensina-me a viver.<br />Diz-me! Como fazes para não sentir...<br />Tu! Que vigias o mar,<br />Pede-lhe por mim.Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-33756630036231958662008-12-21T02:38:00.000+00:002008-12-21T02:50:50.719+00:00Fada<span style="font-family:trebuchet ms;">Pede um desejo.<br />Daqueles repescados no fundo do saco.<br />Um desejo desejado… intensificado pelo teu viver.<br />Dos que não são banais, nem como os tais que pedes sem querer.<br />Pede um desejo malvado, guardado, caprichoso… pede um desejo avassalador, em nada amargurado pela ausência da sua dor.<br />Hoje, assim como ontem, posso também ser Fada.<br />Posso dar-te o meu ombro.<br />Podes apertar-me num abraço e sussurrar baixinho ao ouvido, só para te poder realizar os mais escondidos pedidos.</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-18190926143485935802008-09-01T03:02:00.000+01:002008-09-01T03:12:45.147+01:00Não é?<span style="font-family:trebuchet ms;">Dizes que há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Será?</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Mas nada é demasiado para uma mulher! Nem mesmo a última chama do último fósforo que anima o derradeiro olhar do nosso único amor.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Há apenas dor. Cintilando como um clarão no chumbo do céu, chuva de estrelas cadentes sem História nem mártires reconhecíveis. Sim! Há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Mesmo para quem, como eu, como tu, nunca soube escavar até ao fundo dessa gruta negra, transiberiana, húmida, universal, a quem chamamos coração.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">O corpo já não te faz falta.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Pensa. Pensa comigo! Também haverá uma manhã mais luminosa que a luminosidade do mundo.<br />Não é?</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-53905572250171466192008-09-01T02:25:00.000+01:002008-09-01T02:29:03.356+01:00Assim, fácil<span style="font-family:trebuchet ms;">No fundo, adoro isto!</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">É o ter e o não ter. O sentir e o não sentir. O querer e o não querer.<br />Os dias que são sim. E os dias que são não. Os que são tudo. E os que são nada.<br />É esta indecisão constante. A adrenalina louca. Esta agressividade. E a ternura.<br />As verdades duras. As palavras carinhosas.<br />O receber e o não dar. O dar e o não receber.<br />É o que eu quiser, como eu quiser.</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-46140563774339175562008-09-01T02:20:00.000+01:002008-09-01T02:25:18.077+01:00Chegar e partir<span style="font-family:trebuchet ms;">Todos os dias é um vai-e-vem. A vida repete-se na estação. Há gente que chega para ficar. Há gente que vai para nunca mais. Há gente que vai e quer voltar. Há gente que vai e quer ficar. Há gente que veio só olhar. Há gente a sorrir e a chorar. E assim, chegar e partir são só dois lados da mesma viagem. O comboio que chega é o mesmo comboio que parte. A hora do encontro é também da despedida. A plataforma desta estação é a vida deste nosso lugar. É a vida deste meu lugar. É a vida.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Fica.</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7824845189503117576.post-79791241894670615932008-09-01T02:06:00.000+01:002008-09-01T02:17:05.596+01:00<span style="font-family:trebuchet ms;">Nos não somos do século de inventar as palavras. As palavras já foram inventadas. Nós somos do século de inventar outra vez as palavras que já foram inventadas.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Almada Negreiro</span>Impulsos Enredadoshttp://www.blogger.com/profile/09717138497247345127noreply@blogger.com1