sábado, 14 de fevereiro de 2009

E então?

Tu deixaste de voar. E então?
Também deixarei de voar,
numa qualquer manhã submersa
enxugando as minhas lágrimas
nas horas gélidas de solidão.

Tu morreste. E então?
Também morrerei,
numa qualquer noite de delírios
escavando o meu abismo
num estado mórbido de depressão.
E então?
Algo de novo?

1 comentário:

vinco disse...

" Até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, certo da certeza de que nada nos podia separar, como um onda para a praia na tua direcção vai o meu corpo [...] e era assim connosco, e é assim comigo só que não sou capaz de to dizer ou digo-te se não estás, digo-te sozinho tonto do amor que te tenho, demais nos ferimos, nos magoámos, nos tentámos matar dentro de cada um, e apesar disso, subterrânea e imensa, a onda continua " (A. L. Antunes)

E é assim.