Tu deixaste de voar. E então?
Também deixarei de voar,
numa qualquer manhã submersa
enxugando as minhas lágrimas
nas horas gélidas de solidão.
Tu morreste. E então?
Também morrerei,
numa qualquer noite de delírios
escavando o meu abismo
num estado mórbido de depressão.
E então?
Algo de novo?
Há 3 anos
1 comentário:
" Até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, até ao fim do mundo, certo da certeza de que nada nos podia separar, como um onda para a praia na tua direcção vai o meu corpo [...] e era assim connosco, e é assim comigo só que não sou capaz de to dizer ou digo-te se não estás, digo-te sozinho tonto do amor que te tenho, demais nos ferimos, nos magoámos, nos tentámos matar dentro de cada um, e apesar disso, subterrânea e imensa, a onda continua " (A. L. Antunes)
E é assim.
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