segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Não é?

Dizes que há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Será?
Mas nada é demasiado para uma mulher! Nem mesmo a última chama do último fósforo que anima o derradeiro olhar do nosso único amor.
Há apenas dor. Cintilando como um clarão no chumbo do céu, chuva de estrelas cadentes sem História nem mártires reconhecíveis. Sim! Há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Mesmo para quem, como eu, como tu, nunca soube escavar até ao fundo dessa gruta negra, transiberiana, húmida, universal, a quem chamamos coração.
O corpo já não te faz falta.
Pensa. Pensa comigo! Também haverá uma manhã mais luminosa que a luminosidade do mundo.
Não é?

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